sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Disciplina na Educação Infantil


PEREIRA, Almira Domingos.
CONCEIÇÃO, Nádia Benedita dos Santos
PEDROSO, Carla de Cássia.
COSTA, Luciana Ferreira Cruz.


            Sabe-se que este assunto é um tanto quanto delicado, pais, especialistas, educadores e até leigos arriscam um palpite, contudo, não foi possível determinar o que se deve ou não fazer em se tratando de educação e criação de filhos, têm-se várias teorias e muito se sabe também que a é prática é outra, ou seja, na teoria tudo dá certo, mas no "vamos ver" o "tiro acaba saindo pela culatra" como se diz na gíria.
  Na educação, limite significa que desde cedo devemos dar a criança possibilidades para que possa distinguir o que é certo do que é errado.O ser humano desde sempre conviveu com limites, no decorrer do seu desenvolvimento, tal como exemplo, o fato do feto se limitar ao útero da mãe até seu nascimento, alguns destes limites são superados outros não. É dever dos pais estabelecerem o limite a seus filhos, mostrando-lhes regras e valores socioculturais.
            Com o passar dos anos a criança, aos poucos, assimila e é capaz de distinguir os ensinamentos dos pais, ou seja, o certo ou errado.  Sabe-se que desde pequenos são capazes de aprender a lidar com a responsabilidade responsável e a aquisição dessa responsabilidade torna-se obrigatória para uma vivência em sociedade. Entretanto deve-se ter em mente que uma educação severa demais pode gerar filhos tímidos ou reprimidos ao extremo, filhos que não se permitem arriscar por medo da reprovação alheia, filhos inseguros e infelizes.
  O melhor mesmo sempre foi e sempre será o diálogo, o incentivo, o encorajamento, contudo, "um castigozinho aqui ou uma palmadinha acolá não trarão grandes traumas", pois muitas vezes as teorias acabam não dando resultado e os pais por sua vez, perdem a paciência.     Toda essa problematica muitas vezes se da a ausencia da familia, o professor acaba assumindo um papel de familia na vida da criança, e cabe a ele transmitir essa responsabilidade de volta para os pais, pois o educador acaba acaretando inumeras tarefas e sua essencia acaba ficando em segundo plano.    

TIBA, Içami. Disciplina: limite na medida certa. Novos Paradigmas, Integrare Editora, 80ª ed., 2008;

Palavras-Chave: Disciplina; Educação; Criança.

Gestão Democrática da Escola


ADRIANO, Katywcia Leite Bispo
LOUSADA, Evellyn de Souza.
PEREIRA, Almira Domingos.
PEDROSO, Carla de Cássia.


A gestão democrática possui alguns mecanismos que possibilitam a participação da comunidade, um deles já foi ressaltado antes, que é a eleição de diretores, depois deste, tem-se o projeto político pedagógico, o conselho escolar e o repasse financeiro. Considerando estes mecanismos é interessante ter em mente que o principal deles é a construção do projeto político pedagógico, pois ele se configura na atividade fim da escola, que é a educação. Neste projeto deve conter as características sociais da comunidade a qual a escola está inserida, deve conter o currículo da escola, que se refere aos objetivos da educação daquela escola levando em conta seu contexto social, precisa abordar a organização da prática pedagógica e ainda o regimento escolar. Este documento apesar de ter que ser construído no momento de criação da escola, nem sempre isto acontece, desta forma a secretaria de educação estabelece uma data limite para que ele seja feito. É importante que ele seja sempre revisado com o intuito de corrigir as falhas e adequá-lo as mudanças ocorridas na escola, ou até mesmo para verificar se de fato está sendo cumprido o que se propôs a fazer.
            O conselho escolar também se caracteriza como um mecanismo de participação, ele é um espaço privilegiado para discussões, influência direta dos envolvido no andamento da escola. No conselho escolar deve conter representantes de todos os segmentos da escola, são eles: pais, alunos, professores, funcionários e o diretor que dependendo do sistema de ensino ele é membro nato do conselho, não podendo desta forma participar da eleição para presidente. Esses representantes devem representar os anseios e desejos dos segmentos ao qual pertence e nunca interesses próprios. O colegiado pode ser de natureza consultiva em que apenas é consultado podendo fazer sugestões ou deliberativa em que pode tomar decisões. No conselho os trabalhos podem ser de natureza normativa relacionados às questões pedagógicas, de natureza administrativa se preocupando com a manutenção do espaço físico e de equipamentos, e de natureza financeira direcionada para a utilização e fiscalização dos recursos destinados a escola, além de ter que lidar com questões relacionadas a gerência de recursos humanos, instância recursal e dinamizadora de participação.

BASTOS, João Baptista. Gestão democrática da educação: as práticas administrativas compartilhadas. In:_. Gestão democrática. 4ª ed. Rio de Janeiro: DP&A/SEPE, 2005.

Palavras-Chave: Gestão Democrática; Participação; Escola.

Leitura e aprendizagem


ADRIANO, Katywcia Leite Bispo
LOUSADA, Evellyn de Souza.
COSTA, Luciana Ferreira Cruz.
ANDRADE, Rosiane Mahara


É através da leitura que fazemos a internalização das informações e por meio desta adquirimos a habilidade de ver as coisas com novos significados, novas perspectivas, além do que a leitura é uma forma de nos apropriarmos da realidade na qual estamos condicionados. Fazer uma conscientização dessa importância, principalmente na base da formação dos futuros leitores que se inicia nas séries iniciais do Ensino Fundamental, enfatizando que independente do tipo de leitura, seja ela informativa ou não, apresenta uma relação com o real, despertando também o imaginário, a criatividade, realçando ainda que a mesma é mediadora entre cada ser humano, facilitando a comunicação entre todos.
A infância é o melhor momento para o indivíduo iniciar sua emancipação mediante a função liberatória da palavra. É entre os oito e treze anos de idade que as crianças revelam maior interesse pela leitura. Inúmeros pesquisadores têm-se empenhado em mostrar aos pais e professores a importância de se incluir o livro no dia-a-dia da criança. Bamberger afirma que, comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens únicas.
            Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à sua disposição por cortesia do patrocinador comercial, ou entre os filmes disponíveis no momento, o leitor pode escolher entre os melhores escritos do presente e do passado. Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-la, reler ou parar para refletir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender.  Essa flexibilidade garante o interesse continuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento. Esses primeiros contatos despertam na criança o desejo de concretizar o ato de ler o texto escrito, facilitando o processo de alfabetização. A possibilidade de que essa experiência sensorial ocorra será maior quanto mais freqüente for o contato da criança com o livro. Às crianças brasileiras, o acesso ao livro é dificultado por uma conjunção de fatores sociais, econômicos e políticos.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6.ed. São Paulo: Ática, 2002.

Palavras-Chave: Leitura; Aprendizagem; Conhecimentos.

A importância de ouvir histórias


ADRIANO, Katywcia Leite Bispo
LOUSADA, Evellyn de Souza.
PEREIRA, Almira Domingos.
POSSAVATS, Mercia Soares Penido

Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas as idades. Se os adultos adoram ouvir uma boa história, um “bom causo”, a criança é capaz de se interessar e gostar ainda mais por elas, já que sua capacidade de imaginar é mais intensa.  A narrativa faz parte da vida da criança desde quando bebê, através da voz amada, dos acalantos e das canções de ninar, que mais tarde vão dando lugar às cantigas de roda, a narrativas curtas sobre crianças, animais ou natureza. Aqui, crianças bem pequenas, já demonstram seu interesse pelas histórias, batendo palmas, sorrindo, sentindo medo ou imitando algum personagem. Neste sentido, é fundamental para a formação da criança que ela ouça muitas histórias desde a mais tenra idade.
O primeiro contato da criança com um texto é realizado oralmente, quando o pai, a mãe, os avós ou outra pessoa conta-lhe os mais diversos tipos de histórias. A preferida, nesta fase, é a história da sua vida. A criança adora ouvir como foi que ela nasceu, ou fatos que aconteceram com ela ou com pessoas da sua família. À medida que cresce, já é capaz de escolher a história que quer ouvir, ou a parte da história que mais lhe agrada. É nesta fase, que as histórias vão tornando-se aos poucos mais extensas, mais detalhadas.
A criança passa a interagir com as histórias, acrescentam detalhes, personagens ou lembra-se de fatos que passaram despercebidos pelo contador. Essas histórias reais são fundamentais para que a criança estabeleça a sua identidade, compreender melhor as relações familiares. Outro fato relevante é o vínculo afetivo que se estabelece entre o contador das histórias e a criança. Contar e ouvir uma história aconchegada a quem se ama é compartilhar uma experiência gostosa, na descoberta do mundo das histórias e dos livros.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 7.ed. São Paulo: Ática, 2003.

Palavras-Chave: Histórias; Literatura; Aprendizagem.

Nova postura diante da inclusão


LUCAS, Marta Batista de.
VIEIRA, Claudine Ribeiro de Amorim.
FIGUEIREDO, Rosimeire da Silva.
METELO, Laura Terezinha.

            O importante, no processo de inclusão, é perceber e reconhecer que a diversidade não é um problema; pelo contrário, é perceber que é uma oportunidade de enriquecimento individual, social e de ensino-aprendizagem. Inclusão escolar significa apostar em uma política educativa que garanta o reconhecimento e o direito à diversidade como eixo central e que isso se verifique em todas as etapas do ensino e principalmente para a vida toda.
            A inclusão implica uma transformação de vários fatores internos e externos à escola sendo eles: o espaço escolar, concepção do processo de ensino-aprendizagem, valorização da diversidade, formação. Requer uma quebra de paradigmas, uma busca que almeja atender à diversidade humana com ajuda de recursos materiais, humanos e financeiros. O desafio é conseguir quebrar o esquema de homogeneidade e valorizar a heterogeneidade.
            A equipe gestora e o professor precisam estar aberto para, pensar, produzir seu saber e sua prática pedagógica. A postura que os professores tem que assumir frente ao novo, ou seja, uma atitude de aprender, identificar diferentes maneiras de pensar a educação, ela pode ser entendida como uma constante aprendizagem parte de um movimento permanente de busca. Em contrapartida, um professor ou equipe escolar que respeite as diferenças, que seja comprometido com elas, que acredite no potencial humano, acima de qualquer deficiência ou incapacidade, terá mais possibilidades de atender bem a essas diferenças.
            A escola e o professore precisam se adequar as exigências legais de acessibilidade e inclusão e proporcionar uma formação continuada para seus profissionais para que as crianças que necessitam deste atendimento diferenciado e individualizado possa gozar do seu direito social e garantido por lei, que aos poucos vão ganhando a consciência da sociedade.

PIERUCCI, Antonio Flávio. Ciladas da diferença. São Paulo: Editora 34, 1999

Palavras-Chave: Postura; Educação; Inclusão.

.A importância da brinquedoteca


ADRIANO, Katywcia Leite Bispo.
LOUSADA, Evellyn de Souza.
PEREIRA, Almira Domingos.
CARMO, Sonia Gonçalves dos Santos.

 A brinquedoteca é um espaço intencional e direcionado ao brincar, ela visa estimular crianças e jovens a brincarem livremente, pondo em prática sua própria criatividade e aprendendo a valorizar as atividades lúdicas.Uma brinquedoteca não significa apenas uma sala com brinquedos, mais em primeiro lugar, uma mudança de postura frente à educação. É mudar nossos padrões de conduta em relação a criança; É abandonar métodos e técnicas tradicionais; é buscar o novo, não pelo modernismo, mas pela convicção do que este novo representa; é acreditar no lúdico como estratégia do desenvolvimento infantil.
A brinquedoteca tem como proposta o brinquedo, o objeto, sua necessidade é de ampliar e preservar as possibilidades de vivência do lúdico. É um espaço alegre, colorido, diferente, onde crianças e jovens soltam a sua imaginação, sem medo de serem punidas e cobradas. Podendo várias funções: pedagógica, social e comunitária, e ainda, oferecer possibilidade de bons brinquedos e ao mesmo tempo, brinquedos de qualidade com função pedagógica, permitindo que as crianças aprendam brincando. Além disso, favorecer crianças e jovens que jogam em grupos, a aprenderem a respeitar as pessoas, a colaborarem com elas, a receberem ajuda, a tentar compreendê-las, é a função comunitária.
Então, pode-se afirmar que uma brinquedoteca pode ter diferentes finalidades no âmbito lúdico, como por exemplo: brinquedotecas especializadas em atendimento a crianças da primeira infância, outras somente para empréstimos de brinquedos. Pode-se ainda, realizar uma oficina de criação lúdica, onde crianças e jovens experimentam, conhece, exploram e manipula diversos brinquedos, construindo assim seu próprio conhecimento, desenvolvendo autonomia, criatividade e liberando suas fantasias.

SANTOS, Santa Marli Pires. Brinquedoteca: Sucata Vira Brinquedo. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Palavras-Chave: Brinquedoteca; Brincar; Escola.

Formação docente para inclusão


FRANÇA, Emanuele Corrêa de.
FRANÇA, Maria José Corrêa de.
FRANÇA, Gisely Corrêa de.
SOUZA, Carla Andrea de Castro

            Pensar e almejar uma sociedade inclusiva requer uma filosofia que reconhece e valoriza a diversidade como característica fundamental e real à constituição de qualquer sociedade. Tomando isto como ponto de partida e tendo como guia o cenário ético dos Direitos Humanos, percebe-se a necessidade de garantir o acesso e a participação de todos a todas as oportunidades, independentes das características de cada indivíduo. Mesmo porque em todas as instituições de ensino existe a diversidade e, é preciso estar cientes de que a inclusão cresce a cada ano, mesmo as escolas não estando preparadas para acolher e lidar com o diferente, buscamos nos princípios filosóficos, sociológicos e antropológicos a contribuição para a concepção de uma escola que atenda a diversidade.
            A escola comum ou a escola especial têm resistido às mudanças exigidas por uma abertura às diferenças. Um dos principais empecilhos e desafios que a inclusão impõe ao ensino comum é que mobilizam o professor a rever e a recriar suas práticas, a entender as novas possibilidades educativas trazidas pela escola para todas. Esses desafios estão sendo constantemente diminuídos devido as formações que está se exigindo dos profissionais que trabalham diretamente com crianças que possuem alguma deficiência. Existem professoras (es) dispostas (os) a vencer barreiras como a falta de informação, o preconceito e a falta de formação, pois entendem que o papel do professor também é aprender e produzir seu próprio conhecimento.
            O professor precisa se abrir para o novo, pensar, produzir seu saber. A postura que os professores podem assumir frente ao novo, ao aprender, identifica diferentes modos de pensar a profissão, ela pode ser entendida como uma constante aprendizagem parte de um movimento permanente de busca. Nesse sentido, Freire (1996, p. 64) coloca que "a consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca". Em contrapartida, um professor ou equipe escolar que respeite as diferenças, que seja comprometido com elas, que acredite no potencial humano, acima de qualquer

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

Palavras-Chave: Formação; Inclusão; Educação.

Planejar é necessário na Educação de Jovens e Adultos


EGUES, Marizete
LIMA, Simone Cardoso
BARROS, Edjania Pereira Reis de
SANTOS, Cristiane Maria dos.

            Planejar é o momento em que o alfabetizador vai organizar os conteúdos e a forma como serão ministrados em sala de aula. O ato de planejar exige do alfabetizador, além dos conteúdos de ensino, conhecimentos acerca dos alunos, suas experiências de vida, suas necessidades, suas características básicas. Só a partir dessas realidades e em consonância com elas, ganham sentido aos propósitos definidos em um plano de aula.         
            Neste sentido, o alfabetizador ao refletir sobre os conteúdos a serem ministrados, precisa contar com a participação dos seus alunos na busca da temática da realidade social a serem estudadas, abrangendo os aspectos sócio-culturais, econômicos e políticos presentes nas relações sociais, nos interesses e necessidades dos alunos.
            Além disso, há ainda que destacar que o processo de ensino-aprendizagem é dinâmico, portando, sujeito de alterações no percurso de seu desenvolvimento. Assim, o plano deve ser considerado um roteiro de trabalho, um guia que poderá ser alterado na medida em que as situações de ensino evidenciam tal necessidade. Como ressalta Franchi (1988), “planejar não é prever rotina, mas um ato de imaginação” em que o alfabetizador coordena as atividades e orienta a atuação dos alunos, numa ação conjunta em torno dos problemas previstos e adequados aos objetivos a que se propõe, ou seja, aprendizagem da leitura e da escrita.
Para que isso ocorra, é necessário estimular a curiosidade científica, a investigação da realidade, associada à criatividade. O resultado esperado, como fruto do planejamento do alfabetizador, é que o alfabetizador possa aplicar o conhecimento adquirido às situações do seu cotidiano sempre no intuito de provocar transformações.             Em síntese, o plano é um sistema de referência para o trabalho do alfabetizador; supõe conhecimentos da realidade, trazendo explicitamente uma concepção de ensino.

FRANCHI, Eglê. Pedagogia da Alfabetização. Da oralidade Escrita. São Paulo: Cortez, 1988.

Palavras-chave: Organizar;, Objetivos; Investigação.

O papel do alfabetizador de adultos


EGUES, Marizete
BARROS, Edjania Pereira Reis de
SANTOS, Cristiane Maria dos.
OLIVEIRA, Mara Marques de.


            Antes da alfabetização propriamente dita, entendemos que os alunos devem ser preparados principalmente do ponto de vista afetivo. Referimo-nos à promoção de um clima favorável à aprendizagem, sobretudo em termos de interação. De nada adianta a existência de programas muito bem montados, se na relação professor-aluno não estiver presente a confiança na capacidade de ensinar e aprender.
            Um bom relacionamento do alfabetizador com os alunos e desses entre si constitui um dos fatores importantes no êxito da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta interação, o alfabetizador compartilha conquistas realizadas pelos alunos e operam junta a tarefa desejada, evitando tratá-los como crianças, mas conhecendo a respeitando suas opiniões.
            É importante que o alfabetizador aprenda a conhecer seus alunos, suas necessidades de aprendizagem, suas expectativas, sua consulta e procure fazer com que interagem, trocando reciprocamente suas informações, noções e auxiliem-se mutuamente, ajudando-os a vencer a insegurança, estimulando o desenvolvimento de sua capacidade, mostrando-lhes e valorizando seus avanços e reforçando continuamente sua motivação para aprender.
            O papel do alfabetizador consiste em coordenar atividades e observar as peculiaridades de cada atividade em relação aos alunos, ajudando-os a entender que a aprendizagem da leitura e da escrita abre novos horizontes para melhor compreensão e interpretação da realidade. O alfabetizador precisa estar consciente de que o aluno é um ser humano que traz uma história de vida, que está inserido numa região, numa comunidade, num tempo e num espaço que precisa ser melhor conhecido e situado. O adulto alfabetizando chega à sala de aula, ao ambiente de estudo, com experiências de vida mais amplas que aquelas trazidas pelas crianças. As finalidades de ensino serão as mesmas, mas os meios de ensino serão diferentes.
            O alfabetizador deverá propiciar ambientes que permitem o desenvolvimento da oralidade, considerando sempre as situações impostas no dia-a-dia e incentivando a participação de todos.

CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador. São Paulo: Cortez, 1994.

Palavras-chave: Interação; Compreensão; Realidade.

Avaliar é preciso na Educação de Jovens e Adultos


EGUES, Marizete.
LIMA, Simone Cardoso.
BARROS, Edjania Pereira Reis de
SANTOS, Cristiane Maria dos.



            Avaliar o processo de alfabetização é desempenhar duas funções básicas. A primeira de fornecer informações ao professor a respeito do ensino que ele programou. Essas informações permitem ao professor relacionar domínio do conteúdo e o nível de dificuldades. A segunda função é a de indicar o momento em que os alunos devem passar para unidades subsequentes. Essa prática de avaliar é predominantemente diagnóstica.
            Nesta proposta, avaliar durante o processo de aprendizagem deve ser a preocupação central do alfabetizador, que precisa levar em conta o envolvimento do alfabetizando, o interesse e a participação nas atividades de leitura e escrita e ainda está a ser processado o esforço de compreensão. Barbosa (1990) observa que “as melhores avaliações de leitura são aquelas que o professor elabora quando sente necessidade de perceber o desenvolvimento dos alunos”. A avaliação não deve ser imposta aos alunos como uma forma de marcar seus “erros”. Uma forma produtiva de avaliação é aquela em que se detectam as dificuldades de leitura e escrita para poder retrabalhá-las, criando condições para que os alunos as superem.
            Ao avaliar a escrita e a leitura, o alfabetizador precisa levar em conta o pouco tempo que seus alunos têm contato com esses saberes, tal qual são agora sistematizados em sala de aula. É natural que suas escritas contenham inadequações relacionadas às regras gramaticais. O importante é que ao termino desde primeiro momento da alfabetização, ele escreva “como se fala”, que consiga fazer entender por aquelas pessoas com as quais se comunica.
            O aluno não deve ser levado a produzir seus escritos porque vai ser avaliado pelo alfabetizador, mas sim porque seus textos serão lidos em situação de interação verbal, por pessoas com as quais mantém elos de convivência, seja de amizade, estudo, trabalho, etc.
            Numa avaliação que leva em conta a construção da escrita pelo aluno, não se admite riscar ou corrigir com traços suas palavras, mas fica liberada a reflexão com os alunos acerca da forma convencional de escrita, em que eles mesmos se auto-corrigem.

BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização & Leitura. São Paulo: Cortez, 1990.

Palavras-chave: informações, envolvimento e avaliar.

Processo de alfabetização e letramento


LEAL, Mariza.
ROSA, Peterson de Oliveria.
FERREIRA, Josemeire do Nascimento.
BARROS, Edjania Pereira Reis de



O momento crucial de toda a sequência da vida escolar é o momento da alfabetização, que requer de todos nós um olhar especial na busca de estratégias de ensino que promovam os alunos, garantindo o seu desenvolvimento e participação na construção do conhecimento.
A alfabetização é um processo de representação, ou seja, e o domínio da codificação e decodificação do alfabeto. Para aprender a ler e escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual; precisa aprender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa, graficamente a linguagem. Na aprendizagem da leitura e da escrita, a criança percorre longo caminho, passando por estágios evolutivos de elaboração.
 O mundo atual se acha cada vez centrado na escrita. O apelo informativo a nossa volta é grande. Múltiplos códigos se articulam com as diversas linguagens e seus sistemas, exigindo reflexões e práticas relacionadas à comunicação, que possibilitem uma participação social maior do indivíduo e um melhor atendimento as demandas sociais. Para isso, hoje, não basta apenas saber ler e escrever. É preciso ser letrado.
O letramento exprime um nível maior de compreensão das palavras, símbolos e códigos necessários para interpretar e usar os instrumentos da linguagem e da comunicação. É preciso saber usar a leitura e a escrita nas práticas sociais que as demandam, sofrendo modificações cognitivas, linguísticas, culturais, políticas econômicas e sociais. Quem aprende a ler e a escrever e passa a usar a leitura e a escrita, envolvendo-se com esta prática torna-se uma pessoa diferente; muda o seu modo de viver sua relação com os outros e com a sua cultura. Uma pessoa letrada muda sua maneira de pensar,de falar,de participar da vida e da comunidade.

KLEIMAN, A. B. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a pratica social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995.

Palavras-Chave: Escrita; Práticas sociais; Letramento.

O que representa o professor da Educação Básica?


FRANÇA, Emanuele Corrêa de.
FRANÇA, Maria José Corrêa de.
FRANÇA, Gisely Corrêa de.
SARAT, Suzele Campos

            O educador possui imensa carga de responsabilidade de ajudar os seus alunos em ter garantida a aprendizagem. É sua tarefa ensiná-los a buscar pontos de vista diferentes para suas hipóteses, a empenhar-se na dissolução de suas dúvidas, enfim, a aprender a aprender.
            Surgiram situações dentro e fora da sala de aula acabarão exigindo dàs crianças um nível de dificuldade, e a intervenção do professor será essencial para a superação de seus obstáculos. É importante estar atendo às dificuldades das crianças para ajudá-las a progredir cognitivamente. Elas precisam ver no professor alguém apto a promover suas conquistas. Portanto, o professor deve estar aberto para ouvir e procurar entender as dúvidas e os anseios dos educandos.
            É imprescindível valer-se da diversidade de materiais didático-pedagógicos. Assim o livro didático, embora seja um instrumento que pode auxiliar na prática pedagógica, não deve ser o único recurso do qual o professor dispõe para ministrar suas aulas.      O contexto educacional está em processo de consolidação exige que o docente seja um eterno estudioso. Para lidar com esses desafios que certamente a sala de aula provocará, o educador precisa avaliar sua prática à luz do conhecimento teórico disponível.
Cada vez mais, evidenciamos a certeza de que é preciso que o professor construa sua identidade enquanto sujeito da ação pedagógica na historicidade da escola e dos sujeitos que nela atuam, demonstrando em sua prática cotidiana. O processo de estímulo à criatividade do docente assume então grande dimensão, envolvendo a complexidade da personalidade do professor, no que diz respeito a seus recursos e potencialidades, aplicados no ato pedagógico.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora: novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

Palavras-Chave: Formação; Professor; Ensino.

O trabalho com jogos educativos na disciplina de matemática


ALMEIDA, Cristina de Jesus Araújo.
EGUES, Marizete.
VIEIRA, Vânia Maria de Almeida.
PASINI, Lurdes Rosa


            Os jogos auxiliam na construção de conceitos matemáticos. Ao participar de um jogo pedagógico bem elaborado, o aluno retoma o que já sabe e tem oportunidade de confrontar o que fez com o que o seu colega fez. Essa troca de informações leva o aluno a conjecturar e formular hipóteses, a criar estratégias pessoas, retificar, elaborar e reelaborar conceitos, a compreender e realizar, além de estimular atitudes éticas adequadas em relação à atividade proposta.
            É saudável que o aluno se sinta desafiado, lute e busque recompensa na competição e na vitória. Mas como alcançar essas condições sem que a ação resulte nos confrontos inadequados? Como premiar a vitória sem tornar o aprendizado um momento de troca mercenária? Essas questões, de grande importância, devem permear o trabalho do educador. Não há limites para a criação de jogos educativos. É possível imaginar inúmeras situações de aprendizado em que um jogo pode ajudar a atingir os objetivos propostos.
Segundo Kishimoto (1994, p.21): o brincar e o jogo vinculam-se ao sonho, à imaginação, ao pensamento e ao símbolo. É uma proposta para a educação de crianças  com base no brincar e nas linguagens artísticas. A concepção da autora sobre o homem como ser simbólico, que se constrói coletivamente e cuja capacidade de pensar está ligada à capacidade de sonhar, imaginar e jogar com a realidade é fundamental para propor uma nova "pedagogia da criança". A autora vê o jogar como gênese da "metáfora" humana. Ou, talvez, aquilo que nos torna realmente humanos.
Sabe-se que ainda hoje, encontram-se pessoas que duvidam que crianças possam aprender e se desenvolver, tratando-as com indiferença, não lhes oferecendo estímulos e as condições necessárias à vida de qualquer indivíduo. Se considerarmos que a criança aprende de modo intuitivo, adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais, os jogos desempenham um papel de grande relevância para desenvolvê-la.

KISHIMOTO, Tizuco  Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez.

Palavras-Chave: Aprendizado; Construção; Atitudes.

Conceito básico de alfabetização e letramento


SILVA, Luiza Moraes Paniago da.
VIEIRA, Vânia Maria de Almeida.
PASINI, Lurdes Rosa
SARAT, Suzele Campos


Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. A globalização do capital e a intensificação das relações sociais entre sujeitos de classes sociais, comunidades regiões e países diversos exigiu esse novo patamar de leitura e de escrita. A nova realidade social mostra que, além de saber ler e escrever, devemos estar prontos para responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz.
Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura, da escrita e da textualidade (coesão, coerência, unidade temática, clareza e concordância, que no modelo tradicional de alfabetização, não era levado em conta).
Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada. Embora a palavra literacy já constasse do dicionário desde o final do século XIX, foi nos anos 80, que o fato tornou-se foco de atenção e de estudos nas áreas da educação e da linguagem.
 Não se pode separar a alfabetização do letramento, pois a princípio o estudo do aluno no universo da escrita se dá por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, o letramento. O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da leitura e da escrita. Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita.

KLEIMAN, A. B. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995.

Palavras chave: Conhecimento; Práticas; Processo.

Leitura


LEAL, Mariza
PEREIRA, Leni Ramos
TELES, Julie Cristina dos Reis.
SANTOS, Cristiane Maria dos.

                                                                                    
O ensino de leitura tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores. Através dos tempos a forma de abordagem em relação ao ensino de leitura foi sofrendo algumas alterações, resultado de discussões, propostas metodológicas e pesquisas referentes ao processo de aquisição de leitura. Sem dúvida, uma das maiores “revoluções” referentes ao ensino de leitura e escrita foi à concepção construtivista, a qual possibilitou uma reflexão aos métodos até então utilizados.
            A partir de novas concepções como o construtivismo e o interacionismo, foram formuladas novas diretrizes para a educação. Atualmente as concepções abordadas nos PCN’s propõem um ensino voltado para as diversidades textuais, através de sugestões e orientações, os PCNs norteiam a prática de alfabetizadores e demais professores.
            Atualmente, há um grande número de pesquisa sobre as histórias de leitura dos professores. Estas pesquisas evidenciam que os conhecimentos com os quais se deparam no decorrer de suas vidas profissionais são incorporados às práticas pedagógicas desenvolvidas.
            Ângela Kleiman aborda a questão do letramento e formação do professor, ela comenta sobre a importância de práticas de leituras em programas para o desenvolvimento de capacidades profissionais. Ela argumenta que “são necessários uma perspectiva crítica e programas de formação da professora culturalmente sensíveis para desenvolver práticas de letramento que tenham a ver com as competências discursivas do professor, sua credibilidade e sua legitimidade, permitindo-lhe desfrutar dos benefícios do “bom” letramento...”.
            Para ela, formar leitores não é se limitar a produzir relações externas com os livros, mas considerar a leitura como “desencadeadora de processos cognitivos, de diálogos interiores, de reflexão, de crítica, de partilha e de conclusão” (1995 p. 48). Enfim, ao realizar pesquisas que envolvem a leitura, seja de educadores ou de educando, os pesquisadores nos mostram o panorama em que se encontra a problemática da formação de leitores.

KLEIMAN, A. B. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995.

Palavras Chave; Leitura; Capacidade; Reflexão.

ESCOLA – Lugar de participação


LEAL, Mariza.
TELES, Julie Cristina dos Reis.
PEREIRA, Leni Ramos.
MENDONÇA, Sirlei Aparecida de.


             Hoje estamos vivendo novos tempos, novos conceitos, mas as coisas só acontecem se houver vontade política, recursos e legitimidade perante a opinião pública, pois historicamente, as mudanças ocorridas nos vários setores da sociedade não ocorreram por acaso ou como dádiva deste ou daquele governo. Tiveram sim a luta constante da sociedade civil organizada, que por meio, de vários mecanismos de participação conseguiram assegurar, de forma institucional, conquistas que, de uma forma ou de outra, vem se configurando como avanços no cotidiano da sociedade.
Nesta perspectiva, torna-se necessário a participação ativa da comunidade nas escolas e, de produzirem, dentro de suas realidades sua identidade, juntamente com seus professores, gestores, funcionários, alunos e comunidade, construir por meio de um processo dinâmico, sujeito à reformulação relativa às novas vivências, às relações que estabelecem. Isto significa a possibilidade de re-construção de uma Escola não como algo que está pronto e acabado, mas como algo que vai sendo re-construído originalmente com a participação de todos no coletivo. Participação como processo contínuo, com clareza de metas e objetivos que fundalmentamente assegurem crescimento; espaço de aprendizagem, enquanto ação inacabada, parte dos desafios que só a caminhada na construção do processo participativo é que define os rumos a seguir, pois na arte de participar deve-se estar aberto para conviver com mudanças, com o inesperado; Possibilidade concreta de ação coletiva, com o envolvimento de todos, de forma horizontal circular considerando a todos como sujeitos responsáveis nas decisões e ações.
Sob esta ótica,  estaremos re-construindo uma escola, onde todos tenham o acesso e a permanência assegurados; em que os conhecimentos trabalhados articulem o saber popular e o conhecimento científico; que se constitua num espaço de construção e vivência da cidadania; que tenha uma prática pedagógica voltada para a transformação da sociedade, entendendo a educa­ção como um ato político; onde todos educadores e educandos sejam sujeitos do processo de; Onde a prática pedagógica aconteça numa perspectiva interdisciplinar - que supere a fragmentação curricular; que seja autônoma e comunitária quanto à gestão; que inverta a lógica autoritária e instaure novas relações de poder.
Para tanto, é necessário  que as escolas sejam capazes de decidir coletivamente para onde se quer ir, como um movimento permanente de auto-reconhecimento social e institucional. E, então, reconhecerem-se como sujeitos sociais coletivos com uma história e uma identidade própria a ser respeitada em qualquer processo de mudança.

GANDIN, Danilo. GEMERASCA, Maristela P. Planejamento Participativo na Escola. O que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 2004.

Palavras-Chave: Participação; Escola; Lugar.

A construção do Projeto Político-Pedagógico


CUNHA, Maria Barbara da
COSTA, Luiza Maria da
PASINI, Lurdes Rosa
SARAT, Suzele Campos


A construção do Projeto Político-Pedagógico (PPP) não tem uma relação direta com sua efetivação na prática. Muitas vezes ele é construído como uma forma de estar atendendo a determinações gerais vindas de cima.  Neste sentido não se verifica nenhum comprometimento, por parte dos envolvidos, com o que se faz e muito menos com o que se quer realizar para que haja mudança. Apesar de ele se configurar como norte para os trabalhos pedagógicos o que se percebe são ações isoladas e sem seguir o referencial proposto no projeto político-pedagógico. Os professores em sala de aula seguem planos muitas vezes já estabelecidos nos livros didáticos e que nem sempre condizem com o que a instituição se propõe a fazer ou estão de acordo com suas necessidades, recaindo apenas em transmissão de conteúdos.
Essa é uma realidade que não deveria estar presente, as finalidades propostas no PPP deveriam fazer parte de todas as ações realizadas no contexto escolar, seja na ação do diretor, seja na ação do coordenador, do professor, do secretário, enfim de todos que de uma forma ou de outra estão a serviço da educação.
Da mesma forma que é elaborado o plano global da escola, o projeto político-pedagógico, deve também ser elaborado o plano de trabalho de cada um dos setores presentes na instituição. Se tratando do professor,  seu plano de trabalho deve estar baseado no marco operativo, que traduz a ação pedagógica necessária para se alcançar o que se propõe no referencial, ou seja, o modelo de formação que se pretende ter. Este planejamento deve seguir a seguinte lógica: estabelecimento, com base no PPP, da finalidade de sua ação, ou seja, a construção do seu próprio marco operativo, depois disso, passa-se para o diagnostico, em que serão levantadas as necessidades a serem supridas em cada uma das áreas temáticas, utilizando-se para isto de indicadores. E por fim, a programação que levará o professor a preparar conteúdos que vão ao encontro das necessidades encontradas.

MARQUES, Genésio. Elaboração do Projeto Político-Pedagógico. Cuiabá: UFMT, 2008, p. 78 a 88.

Palavras-Chave: Planejamento; Participação; Prática pedagógica.

Política Educacional


CUNHA, Maria Barbara da
COSTA, Luiza Maria da
PASINI, Lurdes Rosa
SARAT, Suzele Campos.

É importante ter em mente que a concepção de educação baseada na interação considerando a importância do papel da família e às atribuições do Estado não foram sempre assim. Elas foram passando por transformações regulamentadas pelas Constituições Federais e demais legislações que tratam da educação.
De maneira geral as legislações tratam das seguintes questões: direitos e deveres com relação à educação, oferta, forma de organização, salário, formação e admissão dos professores, repasse financeiro, organização dos conhecimentos. Houve na década de 1930 um movimento de educadores com vistas à reforma na educação que influenciou muito as legislações depois desta data. A educação nova surge como reação as finalidades da educação capitalista, assumindo desta forma, uma educação mais humana, que seja voltada para o desenvolvimento integral do aluno e suas reais capacidades. Qrebra-se a ideia de qualidade advinda da burguesia e adota-wese uma qualidade ligada a contribuição social. A nova proposta busca formar homens ao invés de formar instrumentos de produção.
Depois disso, as legislações buscaram melhorar e ampliar as características da educação no Brasil. Além das constituições federais temos também outras que orientam a educação. Por exemplo, a LDBEN 9394/96 que trata de todos os aspectos da educação e ainda, a do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica de Valorização dos Profissionais da Educação) 11.494 de 20 de junho de 2007 que dispõe sobre o repasse financeiro e, documentos como os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) que regulamenta o aspecto pedagógico.

VIEIRA, Sofia Lerche; FARIAS, Isabel Maria Sabino de. Política Educacional no Brasil. Introdução histórica. Brasília: Liber Livro, 2007.

Palavras-Chave: Educação; Política; Organização.

Sujeitos responsáveis pela educação


COSTA, Célia Aparecida de Souza Simler da
VIEIRA, Maria Jaqueline da Silva.
TELES, Julie Cristina dos Reis.
MENDONÇA, Sirlei Aparecida de.


A educação é um processo complexo, que envolve a atuação de vários sujeitos envolvidos para que ela aconteça e ainda, ele não possui um fim, ou seja, é um processo pelo qual as pessoas passarão até o fim de sua vida, seja de forma intencional ou mesmo sem que ela perceba, de forma espontânea. Quando restringimos essa educação ao ambiente escolar, percebemos que as características não mudam radicalmente. Na escola, a educação, que se configura na atividade fim da escola, se dá numa relação de interação entre professor-aluno-conhecimento.
Porém, nesse processo é valido ressaltar outros atores, que não professor e aluno, que de uma forma ou de outra estão envolvidos com a educação. São eles: o Estado e a comunidade/pais.  O Estado age diretamente na administração do sistema de ensino que engloba escola, secretarias e demais órgãos ligados à educação. Essa administração é feita sobre o aspecto financeiro (verbas educacionais/fundos), e o aspecto pedagógico (projetos de melhoria educacional e formação de professores). A comunidade atua mais localmente dando apoio à aprendizagem e também na administração escolar, participando do conselho escolar ocupando o espaço destinado ao segmento de pais como afirma Spósito (2005, p. 52) que “é preciso ter em conta a possibilidade real de serem tomadas decisões e, sobretudo, o reconhecimento da responsabilidade de competências e da diversidade de interesses das partes envolvidas”.
É importante ter em mente que essa concepção de educação baseada na interação, a importância do papel da família e às atribuições do Estado não foram sempre assim. Elas foram passando por transformações regulamentadas pelas Constituições Federais e demais legislações que tratam da educação.

SPÓSITO, Marília Pontes. Educação, gestão democrática e participação popular. In: BASTOS, João Baptista (org.). Gestão Democrática. 4ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005, p. 45-56. Coleção o sentido da escola.

Palavras-Chave: Escola; Estado; Comunidade.

O trabalho com as operações matemáticas


SILVA, Delma Letícia.
SANTOS, Cristina Aparecida dos
OLIVEIRA, Nery Maria da
ALMEIDA, Cristina de Jesus Araújo.



          O trabalho com as operações matemáticas é comumente tratado como se fosse uma coleção de fatos. Em que, por meio, da repetição de técnicas a criança memorize e reproduza resultados corretos. Essa situação não exige que a criança faça a relação mental necessária para chegar ao significado de subtração, pois impossibilita que ela crie sua própria técnica, ou seja, seu próprio raciocínio. E ainda trabalha-se as operações de forma isolada.          O trabalho com subtração na 1ª série é mais complicado porque neste momento do desenvolvimento, as crianças não conseguem pensar no aspecto negativo. Elas pensam positivamente porque é uma forma de satisfazerem uma necessidade, mesmo porque nesta idade elas não gostam de perder.
          Seja qual for a operação a ser ensinada pelo professor, deve ser levado em consideração o contexto, ou seja, a realidade em que o aluno se encontra e, nada melhor do que trabalhar com problemas de enredo, onde por meio de situações problemas tiradas do seu dia-a-dia a criança seja levada a pensar logicamente. A criança possui essa capacidade, pois a todo o momento é levada a pensar aritmeticamente, seja em casa, nas brincadeiras com os coleguinhas ou na escola, basta que o professor saiba desenvolvê-la de forma a respeitar sua maneira própria de pensar.
            No trabalho com situações problemas, o mais importante do que achar o resultado é compreender a lógica da questão. Muitas vezes as crianças não conseguem resolver alguma questão não porque não sabe somar ou subtrair, mas sim porque não consegue entender a lógica da questão. Para isso as crianças devem tornar lógica uma realidade antes de aritmetizá-las, mesmo porque a aritmética vem através da lógica. Essa relação só acontece na cabeça da criança, não podem ser interiorizadas devem ser construídas.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática 3. Vivência & Construção 2ª ed. São Paulo: Ática, 2001, 3ª série.

Palavras-Chave: Ensino; Operações; Matemática.

Trabalhando a escrita com epilínguagem e metalinguagem


ALMEIDA, Valtenia de .
CAMPOS, Rosalice Gonçalves.
TELES, Julie Cristina dos Reis.
SOUZA, Rozani Maria de França



No planejamento de produção escrita é necessário compreender o quanto é importante a utilização de atividades que levem o aluno a pensar de forma critica e ativa, pois só assim ele se envolverá com ela a ponto de desenvolver as capacidades necessárias ao seu desenvolvimento escolar e adquire competências leituras.
 Para que de fato essa aprendizagem com
sciente da produção de textos se concretize é necessário que o aluno seja levado a pensar sobre o que está fazendo, o porquê de estar fazendo e principalmente para que. Todos estes questionamentos farão com que o aluno valorize o que está aprendendo e tenha prazer em aprender, pois verá uma utilidade, ou seja, perceberá que tudo isto faz parte do seu contexto, da sua vida. Ao pretender formar produtores de textos que tenham um papel ativo na relação comunicativa é de suma importância ter em mente que este aluno deve ser levado a construir todos os tipos de texto que circulam no seu meio social:
Enfim, o exercício de produção de texto e da leitura enquanto interpretação crítica deve ser sempre valorizada na fase de escolarização do aluno, para que ele se torne uma pessoa letrada capaz de se mostrar ativo em qualquer situação de leitura e escrita presente no seu dia-a-dia. E para, além disso, se tornar um cidadão consciente de seu papel social, que conhece seus direitos e deveres e luta para que eles se efetivem.
. Para tanto, é necessário a realização de atividades de epilinguagem, entendo esta como “o exercício da reflexão sobre o texto lido/escrito e da operação sobre ele a fim de explorá-lo em suas diferentes possibilidades de realização” (MILLER). E também de atividades de metalinguagem que é “a capacidade de falar sobre a linguagem, descrevê-la e analisá-la como objeto de estudo” (MILLER). Com este trabalho o aluno perceberá como essas regras gramaticais são “usáveis”, tem utilidade na construção de um texto seja ele escrito ou oral. E que elas não são alheias ao seu cotidiano e vivência.

MILLER, Stela. O trabalho epilinguístico na produção textual escrita. UNESP. GT nº 10 Alfabetização, Leitura e escrita.

Palavras-Chave: Escrita; Epilinguagem; Metalinguagem.

Letramento Literário


ALMEIDA, Valtenia de
CAMPOS, Rosalice Gonçalves
MENDONÇA, Sirlei Aparecida de.
SOUZA, Rozani Maria de França



Depois de iniciado a experiência com a leitura e escrita e necessário que estes atos se façam de forma crítica, ativa e consciente. Baseado nisto, é que se deve pensar no ensino da leitura enquanto letramento. Letramento significa que o sujeito leitor está fazendo uso de suas habilidades de leitura e escrita em situações sociais cotidianas com intuito de resolver conflitos ou situações problemas, ou seja. Assim, o professor pode possibilitar este letramento na medida em que sugere atividades que façam parte da realidade concreta do aluno, que leve para a escola elementos de sua vivência a fim de que os alunos possam pensar sobre eles e saber como usá-los.
O letramento pode ser realizado também através da literatura, classificando-se assim como letramento literário.  Pensando no letramento literário enquanto prática de leitura é necessário ressaltar as estratégias utilizadas no momento da leitura. O primeiro passa para a leitura é seleção do livro a ser lido. Este livro pode ser um clássico, pode fazer parte dos contemporâneos ou tratar de temas diversos. Depois parte-se para a prática de leitura. Neste momento o leitor passará por três fases, são elas: antecipação que “consiste nas várias operações que o leitor realiza antes de penetrar no texto propriamente dito” (COSSON, 2007, p. 40) , decifração é o momento em que “entramos no texto através da palavra e das letras” (COSSON, 2007, p. 40) e interpretação são “as relações estabelecidas pelo leitor quando processa o texto” (COSSON, 2007, p. 40).
E por fim, depois de realizada a leitura, é necessária que os conhecimentos apreendidos na leitura sejam sistematizados. Agora, o professor deve propor diferentes atividades que levem os alunos a sistematizarem o que conseguiram construir. Durante este processo realiza-se também a atividade de escrita.

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2007.

Palavras-Chave: Leitura; Escrita, Letramento