MORETE,
Márcia Jorge Ferreira Melo.
BORGES,
Márcia Regina de Campos.
GUABIRABA,Tais
Ramos.
ARRUDA, Iza Rosa Moraes de
Toda
prática é sustentada por uma teoria, ou corrente epistemológica, isso é que vai
definir e justificar todas as ações realizadas. A postura do educador é
permeada por várias delas. Uma das epistemologias é a empirista que vê a
relação entre professor e aluno como algo hierarquizado, em que o aluno tem que
submeter-se às exigências do professor. O aluno é apenas um reprodutor dos
conhecimentos transmitidos pelo professor, cabendo-lhe somente estar preparado
para receber esses conhecimentos sem ao menos questionar. Ele é visto como uma
pessoa vazia de saber, toda sua vivência é desconsiderada, numa educação
passiva, de subserviência, sem a menor criticidade, resultando em uma pessoa
dependente de outros sem uma consciência política e social. Nesta perspectiva a
avaliação é concebida como uma forma de medir a quantidade de conhecimentos
recebidos e memorizados pelo aluno.
Há também a teoria inatista que
concebe o aluno como possuidor de conhecimento, ou seja, ele já nasce com o
conhecimento basta ao professor fazer com que esses conhecimentos sejam
despertados. Acredita ainda que a inteligência seja resultado de uma bagagem
genética, sendo assim, a inteligência assim como sua ausência são hereditárias. Como na teoria anterior, a avaliação é tida
como medidora dos conhecimentos despertados no aluno. Possui também um caráter
legitimador, pois serve para confirmar a sabedoria de um aluno e a deficiência
de outro, numa visão classificatória e excludente.
E por fim, a teoria construtivista
que ao contrário das anteriores, valoriza a relação de troca entre professor e
aluno. Desta forma rompe-se com a postura detentora do conhecimento do
professor e atribuí ao aluno um papel mais ativo em sua aprendizagem. Ela
acredita que o conhecimento é fruto de uma construção derivada de uma ação e
problematização significativa sobre o objeto do conhecimento. Neste sentido a
avaliação se caracteriza como momento de detectar as falhas no
ensino-aprendizagem para melhorar, ou seja, é impulsionadora da aprendizagem
contínua.
BECKER,
Fernando. Modelos pedagógicos modelos
epistemológicos. In: Educação e Realidade. Porto Alegre, 19 (1): 89-96,
jan/jun. 1994.
Palavras-Chave: Avaliação; Epistemologia; Ensino-aprendizagem.
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