SILVA, Delma
Letícia.
SANTOS,
Cristina Aparecida dos.
SILVA, Nery
Maria da.
ALMEIDA,
Cristina de Jesus Araújo.
O professor deve utilizar-se de
vários métodos e materiais para que os alunos consigam apreender construindo,
de forma coletiva e/ou individual, os conhecimentos e conceitos matemáticos. Isso
leva a uma reflexão sobre a concepção de ensino-aprendizagem que o professor
baseia sua prática pedagógica e consequentemente as teorias do conhecimento e
de como elas influenciam as práticas e posturas. A proposição que o PCN traz
sobre a atividade matemática é a de que não se deve ter um ‘olhar para coisas
prontas e definitivas’, mas a construção e a apropriação de um conhecimento
pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar sua realidade”
(BRASIL, 1997, p. 19). Desta forma a expectativa, dos idealizadores do
documento, parece-nos levar a uma reflexão sobre a compreensão acerca do ensino
como um processo em constantes modificações, aberto a novas formas de pensar,
de criar, etc.
Essa postura aqui entendida e
concebida por meio do interacionismo, concepção esta que permite modificações
no modo de ver e avaliar a educação, assim como sua forma de conceber o
conhecimento. É no processo de interação, de modo contínuo e constante, sendo
sujeitos ativos de nossa aprendizagem, baseado na troca e na mediação com o
outro.
Se pensarmos um pouco mais,
acharemos uma possível resposta para a nossa primeira indagação em explicações
anteriormente citadas. È necessário essa atitude de indagação frente a um
problema, pois é assim que começamos a levantar possíveis hipóteses das
respostas. Ana Cristina Souza Rangel nos
aponta que “o conhecimento matemático não é possível de ser retirado
diretamente dos objetos materiais [...] a criança abstrai o conhecimento matemático
por meio de sua ação sobre ele, de situações vivenciadas” (RANGEL, 1994, p.
150). Em uma sociedade voltada ao conhecimento e à comunicação, como a do
terceiro milênio, é preciso que as crianças aprendam comunicar ideias, executar
procedimentos e desenvolver atitudes matemáticos, falando dramatizando,
escrevendo, desenhando, representando, construindo tabelas, diagramas e
gráficos, fazendo pequenas estimativas, conjecturas e inferências lógicas,
etc., tudo isso trabalhando individualmente, em duplas ou pequenas equipes,
colocando o que pensam e respeitando o pensamento dos colegas. Novas
competências demandam novos conhecimentos; o mundo do trabalho requer pessoas
preparadas para utilizar diferentes tecnologias, e linguagens (que vão além da
comunicação oral e escrita), instalando novos ritmos de produção, de
assimilação rápida de informações, resolvendo e propondo problemas em equipe.
O
ensino da matemática desenvolve no aluno a compreensão dos fenômenos que
ocorrem no ambiente – poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos
naturais, desperdício – terá ferramentas essenciais em conceitos (medidas,
áreas, volumes, proporcionalidade, etc.) e procedimentos matemáticos
(formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta, organização e
interpretação de dados estatísticos, prática de argumentação, etc). O
acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (altura, peso, musculatura) e
os estudos dos elementos que compõem a dieta básica são alguns exemplos de
trabalho que podem servir de contexto para se ensinar matemática.
RANGEL, Ana Cristina Souza. Matemática
e construção do conhecimento na escola infantil. Educação e Realidade,
Porto Alegre, janeiro/junho. 1994 p.149.
Palavras-Chave: Conceitos matemáticos;
Ensino-aprendizagem; Concepções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário