quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Concepções que embasam o ensino da matemática



SILVA, Delma Letícia.
SANTOS, Cristina Aparecida dos.
SILVA, Nery Maria da.
ALMEIDA, Cristina de Jesus Araújo.

O professor deve utilizar-se de vários métodos e materiais para que os alunos consigam apreender construindo, de forma coletiva e/ou individual, os conhecimentos e conceitos matemáticos. Isso leva a uma reflexão sobre a concepção de ensino-aprendizagem que o professor baseia sua prática pedagógica e consequentemente as teorias do conhecimento e de como elas influenciam as práticas e posturas. A proposição que o PCN traz sobre a atividade matemática é a de que não se deve ter um ‘olhar para coisas prontas e definitivas’, mas a construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar sua realidade” (BRASIL, 1997, p. 19). Desta forma a expectativa, dos idealizadores do documento, parece-nos levar a uma reflexão sobre a compreensão acerca do ensino como um processo em constantes modificações, aberto a novas formas de pensar, de criar, etc.
Essa postura aqui entendida e concebida por meio do interacionismo, concepção esta que permite modificações no modo de ver e avaliar a educação, assim como sua forma de conceber o conhecimento. É no processo de interação, de modo contínuo e constante, sendo sujeitos ativos de nossa aprendizagem, baseado na troca e na mediação com o outro.
Se pensarmos um pouco mais, acharemos uma possível resposta para a nossa primeira indagação em explicações anteriormente citadas. È necessário essa atitude de indagação frente a um problema, pois é assim que começamos a levantar possíveis hipóteses das respostas.  Ana Cristina Souza Rangel nos aponta que “o conhecimento matemático não é possível de ser retirado diretamente dos objetos materiais [...] a criança abstrai o conhecimento matemático por meio de sua ação sobre ele, de situações vivenciadas” (RANGEL, 1994, p. 150). Em uma sociedade voltada ao conhecimento e à comunicação, como a do terceiro milênio, é preciso que as crianças aprendam comunicar ideias, executar procedimentos e desenvolver atitudes matemáticos, falando dramatizando, escrevendo, desenhando, representando, construindo tabelas, diagramas e gráficos, fazendo pequenas estimativas, conjecturas e inferências lógicas, etc., tudo isso trabalhando individualmente, em duplas ou pequenas equipes, colocando o que pensam e respeitando o pensamento dos colegas. Novas competências demandam novos conhecimentos; o mundo do trabalho requer pessoas preparadas para utilizar diferentes tecnologias, e linguagens (que vão além da comunicação oral e escrita), instalando novos ritmos de produção, de assimilação rápida de informações, resolvendo e propondo problemas em equipe.
          O ensino da matemática desenvolve no aluno a compreensão dos fenômenos que ocorrem no ambiente – poluição, desmatamento, limites para uso dos recursos naturais, desperdício – terá ferramentas essenciais em conceitos (medidas, áreas, volumes, proporcionalidade, etc.) e procedimentos matemáticos (formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta, organização e interpretação de dados estatísticos, prática de argumentação, etc). O acompanhamento do próprio desenvolvimento físico (altura, peso, musculatura) e os estudos dos elementos que compõem a dieta básica são alguns exemplos de trabalho que podem servir de contexto para se ensinar matemática.

RANGEL, Ana Cristina Souza. Matemática e construção do conhecimento na escola infantil. Educação e Realidade, Porto Alegre, janeiro/junho. 1994 p.149.

Palavras-Chave: Conceitos matemáticos; Ensino-aprendizagem; Concepções.

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