sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Avaliar é preciso na Educação de Jovens e Adultos


EGUES, Marizete.
LIMA, Simone Cardoso.
BARROS, Edjania Pereira Reis de
SANTOS, Cristiane Maria dos.



            Avaliar o processo de alfabetização é desempenhar duas funções básicas. A primeira de fornecer informações ao professor a respeito do ensino que ele programou. Essas informações permitem ao professor relacionar domínio do conteúdo e o nível de dificuldades. A segunda função é a de indicar o momento em que os alunos devem passar para unidades subsequentes. Essa prática de avaliar é predominantemente diagnóstica.
            Nesta proposta, avaliar durante o processo de aprendizagem deve ser a preocupação central do alfabetizador, que precisa levar em conta o envolvimento do alfabetizando, o interesse e a participação nas atividades de leitura e escrita e ainda está a ser processado o esforço de compreensão. Barbosa (1990) observa que “as melhores avaliações de leitura são aquelas que o professor elabora quando sente necessidade de perceber o desenvolvimento dos alunos”. A avaliação não deve ser imposta aos alunos como uma forma de marcar seus “erros”. Uma forma produtiva de avaliação é aquela em que se detectam as dificuldades de leitura e escrita para poder retrabalhá-las, criando condições para que os alunos as superem.
            Ao avaliar a escrita e a leitura, o alfabetizador precisa levar em conta o pouco tempo que seus alunos têm contato com esses saberes, tal qual são agora sistematizados em sala de aula. É natural que suas escritas contenham inadequações relacionadas às regras gramaticais. O importante é que ao termino desde primeiro momento da alfabetização, ele escreva “como se fala”, que consiga fazer entender por aquelas pessoas com as quais se comunica.
            O aluno não deve ser levado a produzir seus escritos porque vai ser avaliado pelo alfabetizador, mas sim porque seus textos serão lidos em situação de interação verbal, por pessoas com as quais mantém elos de convivência, seja de amizade, estudo, trabalho, etc.
            Numa avaliação que leva em conta a construção da escrita pelo aluno, não se admite riscar ou corrigir com traços suas palavras, mas fica liberada a reflexão com os alunos acerca da forma convencional de escrita, em que eles mesmos se auto-corrigem.

BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização & Leitura. São Paulo: Cortez, 1990.

Palavras-chave: informações, envolvimento e avaliar.

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