EGUES, Marizete.
LIMA, Simone
Cardoso.
BARROS,
Edjania Pereira Reis de
SANTOS,
Cristiane Maria dos.
Avaliar o
processo de alfabetização é desempenhar duas funções básicas. A primeira de
fornecer informações ao professor a respeito do ensino que ele programou. Essas
informações permitem ao professor relacionar domínio do conteúdo e o nível de
dificuldades. A segunda função é a de indicar o momento em que os alunos devem
passar para unidades subsequentes. Essa prática de avaliar é predominantemente
diagnóstica.
Nesta
proposta, avaliar durante o processo de aprendizagem deve ser a preocupação
central do alfabetizador, que precisa levar em conta o envolvimento do
alfabetizando, o interesse e a participação nas atividades de leitura e escrita
e ainda está a ser processado o esforço de compreensão. Barbosa (1990) observa
que “as melhores avaliações de leitura são aquelas que o professor elabora
quando sente necessidade de perceber o desenvolvimento dos alunos”. A avaliação
não deve ser imposta aos alunos como uma forma de marcar seus “erros”. Uma
forma produtiva de avaliação é aquela em que se detectam as dificuldades de
leitura e escrita para poder retrabalhá-las, criando condições para que os
alunos as superem.
Ao avaliar
a escrita e a leitura, o alfabetizador precisa levar em conta o pouco tempo que
seus alunos têm contato com esses saberes, tal qual são agora sistematizados em
sala de aula. É natural que suas escritas contenham inadequações relacionadas
às regras gramaticais. O importante é que ao termino desde primeiro momento da
alfabetização, ele escreva “como se fala”, que consiga fazer entender por
aquelas pessoas com as quais se comunica.
O aluno não
deve ser levado a produzir seus escritos porque vai ser avaliado pelo
alfabetizador, mas sim porque seus textos serão lidos em situação de interação
verbal, por pessoas com as quais mantém elos de convivência, seja de amizade,
estudo, trabalho, etc.
Numa
avaliação que leva em conta a construção da escrita pelo aluno, não se admite
riscar ou corrigir com traços suas palavras, mas fica liberada a reflexão com
os alunos acerca da forma convencional de escrita, em que eles mesmos se
auto-corrigem.
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização & Leitura. São Paulo:
Cortez, 1990.
Palavras-chave: informações, envolvimento e avaliar.
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