quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Inclusão Digital e Cidadania



BOTTEGA, Jaqueline.
PEREIRA, Marilza de Almeida.
FAUSTINO, Laura Maria Pinho.
RESENDE, Creuza de Souza.


          Cada vez mais a linguagem inclui o uso de diversos recursos tecnológicos para produzir processos comunicativos, utilizando-se de diferentes códigos de significação (novas maneiras de expressar e de se relacionar). Inúmeros meios audiovisuais e multimídias disponibilizam dados e informações, permitindo novas formas de comunicação, além de meios gráficos. A tecnologia da informação possibilita novas formas de ordenação de experiência humana, com grandes reflexos, principalmente na cognição e na atuação humana sobre o meio e sobre si mesmo. Vivemos na chamada sociedade da informação, valorizada pela capacidade de aquisição de conhecimentos e domínio do uso dos recursos tecnológicos, especialmente ao uso computador. Neste contexto, a sociedade tem se dividido entre incluídos digitais e excluídos digitais
          É fundamental  que a instituição escolar integre a cultura tecnológica extracurricular no seu cotidiano proporcionando as crianças o desenvolvimento de habilidades para a utilização dos novos instrumentos de aprendizagem. O computador é uma ferramenta que possibilita o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento de comunicação. Permite criar ambientes de aprendizagem que fazem surgir novas formas de pensar e aprender e, principalmente de se comunicar.
          Para que as crianças não sejam receptores passivos, é necessário contextualizar essas programações, levando em consideração as necessidades e interesses e condições de aprendizagem das crianças. A metodologia de ensino deve ser baseada na aproximação dos elementos computacionais à realidade presenciada e assistida pelos alunos. É válido ressaltar que devemos considerar a maneira de aprender de cada aluno para que a as suas necessidades de aprendizagem sejam atendidas.  Outro fator importante é deixar claro o quanto o conhecimento está se tornando globalizado e democrático. E, ao mesmo tempo em que a globalização tecnológica nos proporciona acesso ao mundo virtual, ela se caracteriza enquanto um recurso alternativo ao processo de ensino-aprendizagem.
          O ponto central quando se discute sobre a desigualdade social é a cidadania, com impactos de transformação sobre a estrutura que se apresenta vigente na sociedade. As oportunidades criadas pela inclusão digital podem transformar as condições do indivíduo, levando-o a contribuir na construção da cidadania a partir de uma maior participação na vida política e nas decisões públicas, sem aderir ao discurso da inclusão digital. A inclusão digital pode promover a participação do indivíduo no ciberespaço, que se torna a cada dia a esfera dos debates públicos e que se apresenta como espaço de decisões do Estado. O uso crítico das técnicas e tecnologias da informação, juntamente a outras ações, para promoção da igualdade, pode levar o cidadão ao desenvolvimento da cidadania plena, que exige uma nova transformação nos sentidos do trabalho, que hoje se faz responsável pela ocupação e a inserção social. Haja vista que, consideradas as adequações necessárias, os programas sociais de inclusão digital podem ir “além do simples acesso” ao computador e a internet, propiciando transformações e conquistas no espaço social.


FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

Palavras-Chave: Inclusão Social; Ensino-aprendizagem; Democracia.

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