quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Qual o segredo para formar bons escritores?


SILVA, Débora Viana da.
SANTOS, Onelma Guimarães dos.
TREVIZAN, Márcia Maria.

            Conforme as teorias construtivistas, o educando é um ser ativo durante a aprendizagem. Nessa visão o ensino da Língua Portuguesa que era centralizada em atividade mecânica do tipo “siga o modelo” e a gramática, conscientiza que é preciso encontrar meios adequados que garante a aprendizagem eficaz. O ensino da língua passa por mudanças e hoje o seu objetivo é formar leitores e escritores proficientes, críticos, melhorando a capacidade de compreensão e expressão dos alunos, tanto nas situações comunicativas orais quanto escritas, como forma combater preconceito linguístico. É preciso despertá-lo a ter autoconfiança, mostra-lhes, que é capaz de falar e escrever com eficácia e originalidade.
            A proposta é fazer as aulas girarem em torno da comunicação, pois esse tipo de atividade fomentará a imaginação e uma aprendizagem sólida e questionadora, para que, possa aplicar com competência nas situações diárias. Sendo a oralidade e a escrita são objetos de trabalho e compete ao educador priorizar contato com texto oral ou escrito de diferentes gêneros assim desenvolveram capacidades como narrar, relatar, comparar, excluir, ordenar, categorizar, reformular, comprovar.
            As produções, por sua vez, serão dosadas de ludicidade, ora partindo do mais simples para o mais complexo, ora o inverso, promovendo desafios e a relação entre os diversos conteúdos. Diante dessa necessidade as atividades realizadas serão desenvolvidas com diversidades de textos técnicos, científicos e literários, analisando-os minuciosamente em seus elementos coesivos e de coerência.      O ato de redigir é usar a linguagem em todos os sentidos, dar forma as ideias, traduzir um pensamento e transmitir mensagens, que possuem uma organização própria.  Esse tipo de atividade fomentará a imaginação para o desenvolvimento do raciocínio crítico e a exposição lógica das ideias, assegurando um escritor competente capaz de produzir os mais variados tipos de textos.
            Partindo desses pressupostos, privilegiam-se a sala de aula como espaço e inserção para diversidade do mundo de leitura e da escrita em suas múltiplas dimensões, pois somente com um trabalho que visa o aprofundamento das análises e dos textos e do debate da leitura é que, provavelmente, se desenvolverá o gosto para desenvolver essas atividades e culminará na tão almejada transformação das práticas sociais para o exercício da cidadania.
            O trabalho com escrita deve perpassar por todos os gêneros textuais, ou seja, precisa estar de acordo com uma realidade social e não textos exclusivamente escolares, como as antigas produções de como foi às férias dentre outras, que não se enquadram em um gênero especifico. Assim, o aluno precisa saber a utilidade daquele texto que produz, em que situações, quais são suas características de produção e circulação social. Antes de levar o aluno à produção do texto, é necessário que possibilite a ele o manuseio e a exploração de modelos do gênero sobre o qual vai produzir. Nestas situações de aprendizagem da escrita o aluno perceberá a importância da produção de texto, pois reconhecerá uma funcionalidade e seus possíveis leitores, desta forma sua aprendizagem acontecerá de forma significativa e contextualizada com a realidade social, podendo utilizar seus conhecimentos de escrita nas diversas situações de prática social de escrita que a sociedade ofereça.

GERALD, João Wanderley (org.) O texto na sala de aula: Leitura e produção de textos. Cascavel; Assoeste: Campinas, 1984.

Palavras-Chave: Leitura; Competência; Reflexão.

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