quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Formando Leitores Competentes


SILVA, Débora Viana da.
SANTOS, Onelma Guimarães dos.
TREVIZAN, Márcia Maria.

            A necessidade de comunicação tem permitido ao homem, através das diferentes linguagens, estabelecer relações diversas com o mundo, na troca de ideias e experiências no desenvolvimento do pensamento. A escrita sistematiza e amplia rapidamente, através de textos, o conhecimento acumulado pela experiência dos homens. Assim ter competência para o uso da palavra tornou-se indispensável para que os saberes e as informações possam ser compartilhados, especialmente na atualidade em que o domínio da leitura e da escrita é essencial para o acesso ao trabalho e a formação da cidadania.
            É fundamental conquistar o jovem para o hábito e o prazer da leitura, sem castigá-lo com questões sutis que possam causar-lhe a falsa impressão de que não entende o que lê e que, portanto, não vale a pena ler, pois a leitura que deveria trazer prazer traz-lhe frustrações de interpretação e compreensão. A avaliação da leitura quando necessária, não deve ser uma cobrança, mas uma atividade que complete ou enriqueça a leitura. As habilidades de leitura são desenvolvidas gradativamente, sem cobranças e armadilhas que acabam decepcionando e afastando o jovem da leitura. É na interação das diferentes situações de leitura que elas se refinam, reajustam e redimensionam hipóteses de significado, ampliando constantemente a nossa compreensão dos outros do mundo e de nós mesmos. Formar leitores competentes supõe, portanto, uma prática contínua da leitura de uma grande variedade de textos A cidadania plena, em uma sociedade assim, só é possível para leitores capazes de compreender o que leem.
            Nenhuma cidadania é completa sem a leitura. Nenhum povo pode se considerar desenvolvido sem livros e bibliotecas accessíveis a todos. Enfim, não existe democracia se a democratização da leitura. Na verdade é justamente a leitura que permitirá que cada cidadão se desenvolva e tenha acesso a qualquer serviço público. Ler é existir. É estar no mundo de forma ativa, principalmente em uma sociedade grafocêntrica como a nossa e todas as outras, uma vez que a globalização eliminou as fronteiras e supervalorizou os meios de comunicação com foco nos interativos.
            O desenvolvimento das capacidades leitoras só acontece quando se é estimulada em todos os sentidos e desde cedo. O contato com material escrito é de suma importância para qualquer sujeito, mesmo porque a sociedade está repleta deles, e não seria justo não permitir ou não proporcionar o contato das crianças com ele. Isso seria retirar seu direito à cidadania plena. Assim, cabe família estimular este primeiro contato com os materiais escrito e depois à escola apresentá-los de forma sistematizada e com variedade, os chamados gêneros textuais.
            Na escola a leitura precisa ter um momento especial devido a sua importância para a aprendizagem. Precisa fazer parte da rotina e trabalhar com as inúmeras formas de leituras, sendo elas: leitura individual, leitura coletiva, leitura compartilhada, leitura com objetivos educacionais, leitura sem compromisso, leitura prazerosa e também com inúmeros tipos de textos. Assim, o professor oportuniza ao aluno estabelecer inúmeras relações e ir definindo seus gostos e habilidades enquanto leitor ativo. Além de contribuir significativamente para sua formação pessoal e social, sendo um cidadão pensante e consciente de seu papel social. Uma vez que, se as competências leitoras forem estimuladas e desenvolvidas, muitas outras capacidades como criticidade, compreensão, dedução, indução, construção de hipóteses entre outras também o serão. Enfim, a leitura bem trabalhada na escola é levada para vida todas e suas contribuições são muito significativas.

LAJOLO, Marisa.  Mundo da leitura do mundo. S.P Abica, 1993

Palavras-Chave: Leitura; Cidadania; Liberdade.

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