SILVA, Débora
Viana da.
SANTOS, Onelma
Guimarães dos.
TREVIZAN,
Márcia Maria.
A
necessidade de comunicação tem permitido ao homem, através das diferentes
linguagens, estabelecer relações diversas com o mundo, na troca de ideias e
experiências no desenvolvimento do pensamento. A escrita sistematiza e amplia
rapidamente, através de textos, o conhecimento acumulado pela experiência dos
homens. Assim ter competência para o uso da palavra tornou-se indispensável
para que os saberes e as informações possam ser compartilhados, especialmente
na atualidade em que o domínio da leitura e da escrita é essencial para o
acesso ao trabalho e a formação da cidadania.
É
fundamental conquistar o jovem para o hábito e o prazer da leitura, sem
castigá-lo com questões sutis que possam causar-lhe a falsa impressão de que
não entende o que lê e que, portanto, não vale a pena ler, pois a leitura que
deveria trazer prazer traz-lhe frustrações de interpretação e compreensão. A
avaliação da leitura quando necessária, não deve ser uma cobrança, mas uma
atividade que complete ou enriqueça a leitura. As habilidades de leitura são
desenvolvidas gradativamente, sem cobranças e armadilhas que acabam
decepcionando e afastando o jovem da leitura. É na interação das diferentes
situações de leitura que elas se refinam, reajustam e redimensionam hipóteses
de significado, ampliando constantemente a nossa compreensão dos outros do
mundo e de nós mesmos. Formar leitores competentes supõe, portanto, uma prática
contínua da leitura de uma grande variedade de textos A cidadania plena, em uma
sociedade assim, só é possível para leitores capazes de compreender o que leem.
Nenhuma
cidadania é completa sem a leitura. Nenhum povo pode se considerar desenvolvido
sem livros e bibliotecas accessíveis a todos. Enfim, não existe democracia se a
democratização da leitura. Na verdade é justamente a leitura que permitirá que
cada cidadão se desenvolva e tenha acesso a qualquer serviço público. Ler é
existir. É estar no mundo de forma ativa, principalmente em uma sociedade
grafocêntrica como a nossa e todas as outras, uma vez que a globalização
eliminou as fronteiras e supervalorizou os meios de comunicação com foco nos
interativos.
O
desenvolvimento das capacidades leitoras só acontece quando se é estimulada em
todos os sentidos e desde cedo. O contato com material escrito é de suma
importância para qualquer sujeito, mesmo porque a sociedade está repleta deles,
e não seria justo não permitir ou não proporcionar o contato das crianças com
ele. Isso seria retirar seu direito à cidadania plena. Assim, cabe família
estimular este primeiro contato com os materiais escrito e depois à escola
apresentá-los de forma sistematizada e com variedade, os chamados gêneros
textuais.
Na
escola a leitura precisa ter um momento especial devido a sua importância para a
aprendizagem. Precisa fazer parte da rotina e trabalhar com as inúmeras formas
de leituras, sendo elas: leitura individual, leitura coletiva, leitura
compartilhada, leitura com objetivos educacionais, leitura sem compromisso,
leitura prazerosa e também com inúmeros tipos de textos. Assim, o professor
oportuniza ao aluno estabelecer inúmeras relações e ir definindo seus gostos e
habilidades enquanto leitor ativo. Além de contribuir significativamente para
sua formação pessoal e social, sendo um cidadão pensante e consciente de seu
papel social. Uma vez que, se as competências leitoras forem estimuladas e
desenvolvidas, muitas outras capacidades como criticidade, compreensão,
dedução, indução, construção de hipóteses entre outras também o serão. Enfim, a
leitura bem trabalhada na escola é levada para vida todas e suas contribuições
são muito significativas.
LAJOLO, Marisa. Mundo da leitura do mundo. S.P Abica, 1993
Palavras-Chave: Leitura;
Cidadania; Liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário