sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O papel do alfabetizador de adultos


EGUES, Marizete
BARROS, Edjania Pereira Reis de
SANTOS, Cristiane Maria dos.
OLIVEIRA, Mara Marques de.


            Antes da alfabetização propriamente dita, entendemos que os alunos devem ser preparados principalmente do ponto de vista afetivo. Referimo-nos à promoção de um clima favorável à aprendizagem, sobretudo em termos de interação. De nada adianta a existência de programas muito bem montados, se na relação professor-aluno não estiver presente a confiança na capacidade de ensinar e aprender.
            Um bom relacionamento do alfabetizador com os alunos e desses entre si constitui um dos fatores importantes no êxito da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta interação, o alfabetizador compartilha conquistas realizadas pelos alunos e operam junta a tarefa desejada, evitando tratá-los como crianças, mas conhecendo a respeitando suas opiniões.
            É importante que o alfabetizador aprenda a conhecer seus alunos, suas necessidades de aprendizagem, suas expectativas, sua consulta e procure fazer com que interagem, trocando reciprocamente suas informações, noções e auxiliem-se mutuamente, ajudando-os a vencer a insegurança, estimulando o desenvolvimento de sua capacidade, mostrando-lhes e valorizando seus avanços e reforçando continuamente sua motivação para aprender.
            O papel do alfabetizador consiste em coordenar atividades e observar as peculiaridades de cada atividade em relação aos alunos, ajudando-os a entender que a aprendizagem da leitura e da escrita abre novos horizontes para melhor compreensão e interpretação da realidade. O alfabetizador precisa estar consciente de que o aluno é um ser humano que traz uma história de vida, que está inserido numa região, numa comunidade, num tempo e num espaço que precisa ser melhor conhecido e situado. O adulto alfabetizando chega à sala de aula, ao ambiente de estudo, com experiências de vida mais amplas que aquelas trazidas pelas crianças. As finalidades de ensino serão as mesmas, mas os meios de ensino serão diferentes.
            O alfabetizador deverá propiciar ambientes que permitem o desenvolvimento da oralidade, considerando sempre as situações impostas no dia-a-dia e incentivando a participação de todos.

CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador. São Paulo: Cortez, 1994.

Palavras-chave: Interação; Compreensão; Realidade.

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