SILVA, Ilvana
Francisca da.
ARRUDA, Fátima
Rosângela de.
SILVA, Ailze
Nascimento da.
PAIÃO, Silvia Isabel Souza.
Atualmente
encontram-se várias pesquisas de relevância em torno do brincar. Isto ocorre,
basicamente por duas razões. Por um lado a valorização da ludicidade para o
desenvolvimento infantil e por outro o aumento da demanda de ensino na
modalidade Educação Infantil. A escola contribui com a valorização do brincar
quando coloca em sua rotina atividades lúdicas. Mas, na realidade esta situação
é um tanto delicada, uma vez que raramente a ela oportuniza situações dentro e
fora da sala de aula para que a criança se expresse, invente e jogue. No espaço
escolar, a preocupação recai quase que exclusivamente com o desenvolvimento
cognitivo da criança. Desconsidera-se se assim, que o brinquedo contém, em
forma condensada, todas as dimensões do desenvolvimento socioafetivo, cognitivo
e psicomotor.
A
construção de uma brinquedoteca é um esforço no sentido de salvaguardar a
infância, nutrindo-a com elementos indispensáveis ao seu crescimento saudável e
da sua inteligência. Não representa apenas oportunidade de acesso, mais do que
isso, expressa uma filosofia de educação voltada para o respeito ao ser criança
e às potencialidades que precisam de espaço para se manifestar.
A
atividade de brincar proporciona uma possibilidade de se aprender
pragmaticamente as relações do indivíduo com realidade social, seja através de
atividades dinâmicas ou desafiadoras que exijam uma participação realmente
ativa da criança para deslinde de todas as situações apresentadas, além de sua
adequação ao mundo exterior, ao outro.
Brincar
é a linguagem natural da criança, e a mais importante delas. Em todas as
culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos
adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva,
brincam, demonstrando a sua inteligência.
Entretanto, há instituições de
Educação Infantil onde o brincar é visto como um "mal necessário",
oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como
"tapa-buraco" (para que o professor tenha tempo de descansar ou
arrumar a sala de aula).
A
brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode
expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos
seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia.
A
brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a
conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras,
objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo
característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de
experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade. Cabe ao
professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode
fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os
brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc.
SANTOS,
Santa Marli Pires. Brinquedoteca: O Lúdico em Diferentes Contextos. Petrópolis:
Vozes, 1997.
Palavras-Chave: Lúdico;
Aprendizagem; Brinquedoteca.
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