DUARTE,
Iuza Eva Figueiredo.
Diariamente professores e alunos
apoiam-se em livros didáticos e seguem a rotina escola. Mas o que realmente
percebemos é que tanto professores quanto alunos, limitam-se ao livro didático
como sendo a única ferramenta a ser usada em sala de aula, e consequentemente,
limitando a criatividade discursiva de ambos. Não pretendo aqui desvalorizar a
utilização do livro, apenas considero que ele não tem necessariamente por finalidade
apresentar respostas prontas e definitivas. Acredito que o livro possa servir
de estimulo para ampliar as atividades a serem desenvolvidas em sala de aula,
principalmente no que se refere à leitura.
É fato perceber que se o professor não
realizar um trabalho de aproximação entre a proposta do livro didático e a
realidade de seus alunos, esses não se sentirão atraídos a refletir sobre o que
está sendo apresentado. Melhor seria que os materiais didáticos fossem
desenvolvidos dentro de cada realidade escolar individualmente, o que sabemos
ser humana e monetariamente inviável.
O que é possível perceber ao se analisar
livros didáticos é que o processo de competência e elaboração textual a ser
desenvolvido pelos alunos passa necessariamente pela formação continuada dos
professores. Ou seja, o professor exerce importante papel na facção dos textos
escritos em sala de aula propostos pelos livros didáticos e, esse processo
continuado da formação dos professores precisa ser experimentado por todos os
integrantes do universo escolar. Um universo complexo que traz em si elementos
de todas as classes sociais, dos mais ricos aos mais pobres, de todas as raças
e etnias. Todos se encontram em um mesmo espaço físico: a sala de aula, e cabe
ao professor lidar com toda essa complexidade.
SOUSA, Deusa
Maria de. Autoridade, autoria e livro
didático. In: Interpretação, autoria e legitimização do livro didático.
Maria José Coracini. São Paulo: Pontes, 1999, p. 27-31.
Palavras-Chave: Livro didático;
Competências; Reflexão.
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