quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Qual a formação necessária para trabalhar com a inclusão?



OLIVEIRA, Francisca Souza de.
SANTO, Marilene do Espírito.
SILVA, Ailze Nascimento da.
MORAES, Joelma Tolon Foles.


            Atualmente em nosso país, a formação de professores para a educação especial encontra-se num grande impasse. As Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Pedagogia, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação, não especificam como se dará a formação do professor especialista em educação especial e nem exigem a formação do professor capacitado, apenas apontam a inclusão como princípio educativo. A educação especial não tem se constituído, em geral, como parte do conteúdo curricular de formação básica, comum, do educador; quase sempre é vista como uma formação especial reservada àqueles que desejam trabalhar com alunos com “necessidades educativas especais”, diferentes, indivíduos divergentes sociais, deficientes. (Cartolano, 1998, p. 30)
            Assim, permanece o debate sobre o lócus de formação inicial do professor: seria no ensino médio ou no ensino superior? Qual seria a formação do professor para trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais na sala regular? Sobre a formação do professor especialista em educação especial, discute-se: ensino superior ou pós-graduação? Diferentes, nem sempre avaliadas como positivas, propostas de formação continuada são implantadas, nas redes e universidades, para responder ao apelo de professores que legalmente são obrigados a receber o aluno portador de necessidades especiais na classe regular, mas reivindicam orientação, uma vez que, em sua formação não houve conteúdos ou disciplinas que abordassem essa nova organização da escola.
            É preciso problematizar as práticas sociais, as práticas pedagógicas construídas nesse cotidiano escolar, analisá-las, compreendê-las na sua complexidade e múltiplas determinações para então, subsidiar propostas de ação para a formação inicial e continuada de professores.
            A aula inclusiva visa responder à diversidade de estilos de aprendizagem na sala de aula; então, qualquer ação de desenvolvimento e aperfeiçoamento de práticas de ensino e aprendizagem de professores para a inclusão deve ajudá-los a refletir sobre formas de levantamento de informações sobre seu/sua/s aluno (a)s e planejamento de diversas atividades que abranjam os estilos de aprendizagem individual.
            A principal meta da educação é satisfazer as necessidades específicas da aprendizagem de cada criança, incentivando a mesma a aprender e desenvolver seu potencial, a partir de sua realidade particular. Isso requer, por parte dos professores, maior sensibilidade e pensamento crítico a respeito de sua prática pedagógica. Esta prática pedagógica deve ter como objetivo a autonomia intelectual, moral e social de seus alunos.

BRASIL, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, Ministério da Educação, 2008.
CARTOLANO, Maria Teresa. Formação do educador no curso de pedagogia: A educação especial. IN: Cadernos CEDES, nº 46 – Setembro, 1998. UNICAMP/ Campinas, São Paulo.

Palavras-Chave: Inclusão; Formação; Ensino.

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