sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Currículo Disciplinar


MORETE, Márcia Jorge Ferreira Melo.
BORGES, Márcia Regina de Campos.
GUABIRABA,Tais Ramos.
SOUZA, Rosangela Ribeiro de.


O currículo escolar representa/define toda a forma de organização da escola. Isto acontece em seu aspecto mais totalizante, como a elaboração da proposta pedagógica que define o papel político e pedagógico da instituição e direcionam, desta forma, suas finalidades educativas e sociais. E também em seu aspecto mais restrito, como a forma de organizar o fazer pedagógico dos professores. Neste sentido mais restrito é que cabe a discussão sobre o currículo disciplinar, que se configura em uma prática pedagógica separada por disciplinas que caracterizam algumas ciências e/ou áreas do conhecimento. Esta organização por disciplina deixa muito a desejar, uma vez que ela prevê um grau de fragmentação do conhecimento que dificulta sua integração. Esta maneira de pensar o currículo, apesar de defender certa neutralidade político-econômico-social, tende a caracterizar-se como resultado de uma forma de pensar o mundo e a educação. Ele foi pensado por grupos sociais que o idealizou a partir de seus interesses.
Além dessas questões ideológicas o currículo disciplinar não tem/disponibiliza espaço para reflexão/reconhecimento de questões subjetivas como valorização da realidade na qual a escola está inserida, não leva em conta as capacidades, interesses e experiências dos alunos (as). Este currículo molda uma relação professor-aluno engessada sem tempo e nem disposição para a afetividade, diálogo e até mesmo a relação aluno-conhecimento é desestimulante e não considera  as dificuldades  apresentadas pelo aluno (a).
Os conhecimentos são apresentados aos alunos como independentes e não disponibilizando condições de fazer uma relação entre eles. Neste sentido a aprendizagem se caracteriza como memorização de conteúdos sem relação entre si e nem com a realidade, sua aprendizagem só se torna necessária dentro da escola para que o aluno consiga passar para as etapas posteriores, mesmo que depois esse conhecimento seja todo esquecido ou se torne inutilizável.

GALLO, Silvio. Disciplinaridade e transversalidade. In: Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (ENDIPE). Rio de
Janeiro: DP&A, 2000.

Palavras-Chave: Currículo; Disciplinaridade; Escola.

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