LEAL, Mariza.
TELES, Julie
Cristina dos Reis.
PEREIRA, Leni
Ramos.
MENDONÇA,
Sirlei Aparecida de.
Hoje estamos vivendo novos tempos, novos
conceitos, mas as coisas só acontecem se houver vontade política, recursos e
legitimidade perante a opinião pública, pois historicamente, as mudanças ocorridas nos vários setores da sociedade não
ocorreram por acaso ou como dádiva deste ou
daquele governo. Tiveram sim a luta constante da sociedade civil organizada,
que por meio, de vários mecanismos de
participação conseguiram assegurar, de forma institucional, conquistas que, de uma forma ou de outra, vem se configurando como avanços
no cotidiano da sociedade.
Nesta perspectiva, torna-se necessário a participação ativa
da comunidade nas escolas e, de produzirem, dentro de suas realidades sua
identidade, juntamente com seus professores, gestores, funcionários, alunos e
comunidade, construir por meio de um processo dinâmico, sujeito à reformulação
relativa às novas vivências, às relações que estabelecem. Isto significa a possibilidade de re-construção de uma Escola não como algo que está pronto e acabado, mas como algo que
vai sendo re-construído originalmente com a
participação de todos no coletivo. Participação
como processo contínuo, com clareza de metas e objetivos que fundalmentamente
assegurem crescimento; espaço de aprendizagem, enquanto ação inacabada, parte dos desafios que só a caminhada na construção do processo participativo é que define os
rumos a seguir, pois na arte de participar deve-se estar aberto para conviver com
mudanças, com o inesperado;
Possibilidade concreta de ação coletiva, com o envolvimento de todos, de
forma horizontal circular considerando a todos como
sujeitos responsáveis nas decisões e ações.
Sob esta ótica,
estaremos re-construindo uma escola, onde todos tenham o acesso e a
permanência assegurados; em que os conhecimentos trabalhados articulem o saber
popular e o conhecimento científico; que se constitua num espaço de construção
e vivência da cidadania; que tenha uma prática pedagógica voltada para a
transformação da sociedade, entendendo a educação como um ato político; onde todos
educadores e educandos sejam sujeitos do processo de; Onde a prática pedagógica aconteça numa perspectiva
interdisciplinar - que supere a fragmentação curricular; que seja autônoma e comunitária quanto à gestão; que inverta a lógica autoritária e instaure novas relações de poder.
Para
tanto, é
necessário que as escolas sejam capazes
de decidir coletivamente para onde se quer ir, como um movimento permanente de
auto-reconhecimento social e institucional. E, então, reconhecerem-se como
sujeitos sociais coletivos com uma história e uma identidade própria a ser
respeitada em qualquer processo de mudança.
GANDIN, Danilo. GEMERASCA, Maristela P. Planejamento Participativo na Escola. O que é e como se faz. São
Paulo: Loyola, 2004.
Palavras-Chave:
Participação; Escola; Lugar.
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