sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ESCOLA – Lugar de participação


LEAL, Mariza.
TELES, Julie Cristina dos Reis.
PEREIRA, Leni Ramos.
MENDONÇA, Sirlei Aparecida de.


             Hoje estamos vivendo novos tempos, novos conceitos, mas as coisas só acontecem se houver vontade política, recursos e legitimidade perante a opinião pública, pois historicamente, as mudanças ocorridas nos vários setores da sociedade não ocorreram por acaso ou como dádiva deste ou daquele governo. Tiveram sim a luta constante da sociedade civil organizada, que por meio, de vários mecanismos de participação conseguiram assegurar, de forma institucional, conquistas que, de uma forma ou de outra, vem se configurando como avanços no cotidiano da sociedade.
Nesta perspectiva, torna-se necessário a participação ativa da comunidade nas escolas e, de produzirem, dentro de suas realidades sua identidade, juntamente com seus professores, gestores, funcionários, alunos e comunidade, construir por meio de um processo dinâmico, sujeito à reformulação relativa às novas vivências, às relações que estabelecem. Isto significa a possibilidade de re-construção de uma Escola não como algo que está pronto e acabado, mas como algo que vai sendo re-construído originalmente com a participação de todos no coletivo. Participação como processo contínuo, com clareza de metas e objetivos que fundalmentamente assegurem crescimento; espaço de aprendizagem, enquanto ação inacabada, parte dos desafios que só a caminhada na construção do processo participativo é que define os rumos a seguir, pois na arte de participar deve-se estar aberto para conviver com mudanças, com o inesperado; Possibilidade concreta de ação coletiva, com o envolvimento de todos, de forma horizontal circular considerando a todos como sujeitos responsáveis nas decisões e ações.
Sob esta ótica,  estaremos re-construindo uma escola, onde todos tenham o acesso e a permanência assegurados; em que os conhecimentos trabalhados articulem o saber popular e o conhecimento científico; que se constitua num espaço de construção e vivência da cidadania; que tenha uma prática pedagógica voltada para a transformação da sociedade, entendendo a educa­ção como um ato político; onde todos educadores e educandos sejam sujeitos do processo de; Onde a prática pedagógica aconteça numa perspectiva interdisciplinar - que supere a fragmentação curricular; que seja autônoma e comunitária quanto à gestão; que inverta a lógica autoritária e instaure novas relações de poder.
Para tanto, é necessário  que as escolas sejam capazes de decidir coletivamente para onde se quer ir, como um movimento permanente de auto-reconhecimento social e institucional. E, então, reconhecerem-se como sujeitos sociais coletivos com uma história e uma identidade própria a ser respeitada em qualquer processo de mudança.

GANDIN, Danilo. GEMERASCA, Maristela P. Planejamento Participativo na Escola. O que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 2004.

Palavras-Chave: Participação; Escola; Lugar.

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