SILVA, Ilvana
Francisca da.
RIBEIRO,
Deusamar Santos
PAIÃO, Silvia Isabel Souza.
MORAES, Joelma
Tolon Foles.
A
sexualidade é extremamente importante em todas as fases do desenvolvimento
humano, caracterizando-se como uma necessidade básica do ser humano que não
pode ser dissociada de sua vida, pois envolve sentimentos, pensamentos e ações.
Por ser história e cultura, a compreensão da sexualidade humana é dinâmica e
mutável. Portanto não só no mundo adulto como também no infantil, o tema tem
singular importância. Ela é como um aspecto inerente ao ser humano, acompanha o
indivíduo em cada fase da vida e se manifesta sob formas multifacetadas,
portanto não é possível ignorar as diversas maneiras de expressá-la por parte
de crianças e adolescentes no âmbito escolar. É através de comportamentos, que
muitas vezes ignoramos, reprovamos, criticamos ou repreendemos, que o estudante
expresse seus anseios, suas angústias, seus medos, suas necessidades e suas
dúvidas sobre a sexualidade.
Estudos
apontam que mesmo ciente da responsabilidade que tem no processo de
desenvolvimento da sexualidade das crianças, juntamente com outras instâncias
da sociedade, a escola nem sempre se envolve na intensidade necessária e,
muitas vezes, quando o faz é de modo reducionista, atendo-se as questões
biológicas de reprodução. A sexualidade, assim como a inteligência será
construída a partir das possibilidades individuais e de sua interação com o
meio e a cultura.
Os
adultos de uma forma ou de outra, aos primeiros movimentos exploratórios que a
criança faz em seu corpo e aos jogos sexuais com outras crianças. As crianças
recebem então, desde muito cedo uma qualificação ou julgamento do mundo adulto
em que está imersa permeado de valores e crenças que são atribuídos à sua busca
de prazer, o que comporá a sua vida psíquica. Diferente
dos pais, que tem o direito de passar valores às crianças, os professores têm o
papel de esclarecer sem repassar suas opções pessoais. Preconceitos e valores
não pertencem ao universo educacional deste profissional. Na realidade, hoje a
escola é que possui cada vez mais esta responsabilidade de educar os alunos
para uma sexualidade saudável. Sabemos também que em sua maioria, as escolas
não estão cumprindo este papel com eficiência. Como motivo está o despreparo
dos professores em abordar o tema, cheio de tabus, e a concorrência desleal dos
meios de comunicação que acabam confundindo a cabeça do nosso jovem.
Mas
retornemos a escola. Um dos principais motivos em que a responsabilidade passou
a ser da escola é a falta de convivência familiar. Pai e mãe trabalham fora de
casa e não participam efetivamente da vida escolar dos filhos. Outro fator
relevante é a falta de formação e informação dos pais a respeito do assunto,
polêmico e com muitos paradigmas, preferem na maioria dos casos não falar do
assunto com os filhos.
AQUINO. J. G. (Org.) Sexualidade na escola: alternativas
teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
Palavras-Chave: Sexualidade; Escola; Comportamento.
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