Vivemos em um mundo globalizado onde
não existem mais barreiras para o conhecimento e as informações acontecem em
velocidade alucinante é inadmissível que a escola fique parada no tempo. O
distanciamento entre escola e comunidade vem sendo substituído por uma nova
maneira de entender o relacionamento quando deve ser mantido entre escola e a
comunidade. É preciso compreender que os objetivos buscados pela instituição
escola não se esgotam dentro de suas paredes.
De acordo com Antoni Zabala a
Educação deve proporcionar um ambiente de participação conjunta, respeitando as
experiências de cada um , permitindo que os alunos aproximem-se aos poucos do
conhecimento cientifico, assimilando aquilo que lhe é significativo,
experimentando, errando e acertando. Para construir esta rede em primeiro lugar
é necessário compartilhar uma linguagem comum, entender-se, estabelecer canais
fluentes de comunicação e poder interferir quando estes não funcionem. Utilizar
a linguagem de maneira possível tratando de evitar e controlar possíveis
mal-entendidos e incompreensões.
Há muito tempo vem priorizando o
ensino de conteúdos conceituais em detrimento dos atitudinais e procedimentais
como classifica a tipologia dos conteúdos com base nos pilares da educação
sendo eles, aprender ser, aprender fazer, aprender conhecer e aprender a
conviver. Mas já não é possível, hoje, diante de tantos e tão rápidos avanços
científicos e tecnológicos e da grande quantidade de conhecimento socialmente
construídos que tudo seja ensinado e aprendido na escola. Diante disso a escola
deve fazer escolhas, não só em relação ao que ensinar, como também em relação à
forma de ensinar, pois só através de uma educação sólida, significativa e
igualitária, os cidadãos serão capazes de transformar o nosso país e diminuir
as desigualdades sócias existentes.
Neste sentido, a escola precisa
caminhar junto com as mudanças sociais para que possa se atualizar e oferecer
aos seus alunos a verdadeira realidade vivenciada e não uma realidade que não
existe mais, ultrapassada. Para que escola seja atrativa e estimulante ela
precisa oferecer condições para que os alunos possam usar seus conhecimentos em
prol de sua vida social, ou seja, a escola é uma formadora para o convívio
social. Para que isso aconteça ela precisa valorizar e aproveitar os saberes
que os alunos já trazem de suas experiências, isso significa valorização dos
conhecimentos prévios dos alunos com intuito de transformá-los em conhecimento
sistematizado. Mesmo porque, as crianças de hoje em dia são bombardeadas com
informações o tempo todo e acabam não pensando no que cada uma pode lhe
contribuir, assim é papel da escola dar um tratamento nestas informações e transformá-las
em conhecimento científico. Valorizando seus conhecimentos prévios a escola
estimula a participação dos alunos, transformando-os em sujeitos de sua
aprendizagem e oportuniza a construção de inúmeras relações entre os
conhecimentos.
Enfim, a escola é um ambiente
democrático no aspecto administrativo e essa característica precisa e deve
permear o fazer pedagógico em sala de aula, ou seja, todas as relações
vivenciadas no interior do ambiente escolar devem ser fundamentadas no
princípio democrático de participação. Quando os sujeitos envolvidos se
percebem parte e envolvidos com o processo, participando ativamente as
construções e relações entre os saberes acontecem de forma natural, efetiva e
atrativa. Ou seja, a participação contribui com a aprendizagem significativa.
ZABALA, Antoni. Trad. Ernani F. da
F. Rosa. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Palavras- Chave: Tecnologia; Participação; Construção.
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